1. Estou com dificuldade em identificar a qual tipo de fundo a colônia formada pertence. Como devo proceder?
Recomendamos o envio do frasco contendo a colônia ao laboratório para identificação do agente através da solicitação do exame COD 760, o qual permite a identificação do fundo e ainda inclui o teste de sensibilidade a antimicrobianos (antifungigrama), uma vez que o microrganismo isolado, mesmo que não seja dermatófito ou agente etiológico, pode estar atuando como oportunista ao processo primário, podendo então a terapia adjuvante ser instituída.
2. Caso não haja crescimento de colônia característica e permanecerem sintomas e lesões típicas, significa que o teste falhou, que não seria lesão fúngica? O que fazer?
Ainda que clinicamente as lesões sejam características de dermatófitos e revelem um cultivo negativo após 14 dias, pode não se descartar a possibilidade de dermatofitose. Deve-se sempre atentar para variações pré-analíticas como a utilização de campus, pomadas, cremes e sprays contendo agentes anti-sépticos ou antimicrobianos que tenham efeito residual, comprometendo assim a qualidade da amostra colhida. Dessa maneira, sugere-se nova coleta e novo cultivo. Lembrando que para qualquer diagnóstico complementar nem sempre é possível confirmar a suspeita clínica numa tentativa apenas.
Além disto, é indicado sempre atentar para a necessidade de realizar exames para o fechamento de diagnóstico diferencial, tais como: TEste Alérgico Painel c 24 alérgenos (código 686), Teste Alérgico Painel c/ 36 alérgenos (código 685), exames hormonais, tais como o T4 Livre (código 626), T3 Total (código 66) e a Dosagem de Insulina (código 72).
3. O teste detecta Sporotrix schenkii? Sevcreções de lesões podem ser utilizadas no teste?
O meio de cultura presente no kit permite o crescimento de S. schenkii. As amostras de secreções devem ser coletadas com swabs estéreis, realizando-se leve escarificação da área lesionada e posteriormente o swab deve ser "rolado" em zig-zag no meio. Lembra-se ainda que o Sporotrix schenckii é um fungo dimórfico, saprofíticos presente em solo e vegetação, e apresenta-se sob a forma micelial em temperaturas entre 22 e 28C e levedurifome em 35 e 37C. Para a confirmação do isolamento, o frasco contendo a colônia formada deve ser remetido ao TECSA para a identificação do agente.
4. Na bula há descrição do procedimento abordando a incubação do material preparado em temperatura ambiente. Haveria alguma forma de acelerar o crescimento? EM regiões com umidade relativa do ar e temperatura diferentes (por exemplo, região Sul do Brasil) o teste demora mais a fornecer o resultado?
Não há necessidade. O teste, indepedente das oscilações climáticas/sazonais, fornece resultados fidedignos em até 14 dias, sendo a faixa de temperatura para crescimento entre 21 e 25ºC.